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Quando pensei em criar o blogger foi para dar vida aos meus escritos, fazê-los participarem da vida das pessoas. O nome se refere as possibilidades de sentido que damos a nossa existência, portanto, mais do que qualquer sentido psicológico eu busco determinados sentidos existenciais nesta aventura inédita que é ser.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Notícia jornalística: Balé Popular do Recife faz apresentação no Natal Luz em Surubim

Quem viu a apresentação do Balé Popular no último dia 11 de dezembro de 2011, provavelmente deve ter adorado, ter ficado encantado com a qualidade técnica dos bailarinos e bailarinas. Bela apresentação mesmo sem uma produção adequada, sendo realizada no velho palco da escola Marista Pio XII com os ferros e trapos aparecendo por baixo do palco.
Enfim parabéns ao balé.
Mas eu quero chamar atenção para um fato que para muitos passa desapercebido. É bonito, encanta os olhos e olhares, leva o público a praça e funciona muito bem com um discurso político afinado de ações incessantes para o bem estar do povo apimentado com um “Feliz Natal”.
Talvez você, caro leitor, também se pergunte, porque não vemos apresentações de grupos culturais da cidade? É necessário chamar um grupo de outra cidade para que possamos ver cultura? Em Surubim não há artistas? Respostas: Há e muitos. O que não há é incentivo público para criação e manutenção dos grupos artísticos. A Prefeitura de Surubim não apóia financeiramente, ou não, nenhum grupo cultural do município, se apóia eu desconheço, e se apóia, porque não convida estes grupos para se apresentarem?
É muito cômodo despender alguns recursos trazendo, uma vez no ano, um grupo de dança que faz uma apresentação e não se tem mais nenhum compromisso com ele, enquanto alguns artistas sacrificam-se para confeccionar seus produtos culturais, seus espetáculos de teatro, de dança, dente outros, quando conseguem porque sem apoio financeiro algumas vezes torna-se inviável.
Onde se encontram os grupos escolares? Os grupos das escolas particulares eu até consigo entender que existam, mas eu quero saber das escolas municipais, públicas. Escolas estas que nenhum político arrisca colocar seu filho porque conhece a má qualidade do ensino “gratuito”, entre aspas, porque nada é de graça em nosso país. Por favor, não insultem a minha modesta inteligência. Onde se encontram os grupos independentes? Os grupos das organizações não governamentais? Quais são as políticas públicas de incentivo a cultura do município? Lamento, pois minha cegueira é outra.
No final o publico aplaude, todos se confraternizam, parabenizam o prefeito como se fosse ele quem tivesse se apresentado, e embriagados pela magia da arte se esquecessem que nas entrelinhas do deslumbramento provocado pela apresentação artística existe outra arte maior que é a de ludibriar os ignorantes.
Na sabedoria petista reina a política do pão e circo, para o Natal Luz guardamos o circo porque o pão “mamãe Dilma” já garantiu.

Éllcio Ricardo
11/12/2011

Um comentário:

  1. A boa e velha política do pão e circo aliada ao clientelismo da nossa terra. Quando o povo se distrai fica mais fácil explora-lo.

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